Na sombra da cruz, o Messias sofre,
Com espinhos que a dor lhe traz,
Enquanto os olhares de uma história louca,
Refletem em correntes e um passado voraz.

As máscaras de dor que os negros carregam,
Ecoam as lutas de um povo sem paz,
Corações que pulsaram sob um céu de aço,
Carregam a história, um fardo que não se faz.

Viuvas desamparadas, em prantos e quedas,
Buscam no amanhã um sonho que arde,
Mas as promessas quebradas em vidas tão tristes,
São marcas profundas que a esperança alarde.

Entre os moradores de rua, o silêncio grita,
A luta pela luz em um mundo tão frio,
Mas na cruz da vida, todos são um só,
Tece-se o amor, mesmo em meio ao desafio